Um filme por dia 2017 - 08/09 - Nunca Diga Seu Nome (2017)
Título original: The Bye Bye Man
Diga seu nome, apenas pense o seu nome e ele virá. Essa é a premissa de Nunca Diga Seu Nome e falar, mesmo que mentalmente, o nome Bye Bye Man invocará a entidade que não descansará enquanto a pessoa que o chamou não estiver morta.
Mesmo não sendo muito original (não há como não lembrar de Candyman), Nunca Diga Seu Nome mantém o interesse investindo em um horror mais psicológico do que explícito na maior parte do tempo - os sonhos com o trem e os protagonistas nus nos trilhos, assim como as moedas que remetem ao barqueiro Caronte são bons exemplos. A obra evita os sustos fáceis e a diretora Stacy Title até parece brincar com isso, pois há vários momentos em que o sobressalto parecia iminente mas é evitado. No seu último ato, depois que o protagonista Elliot (Douglas Smith) entende a natureza dos eventos que tem vivenciado, Nunca Diga Seu Nome cai na tentação de tornar o personagem um idiota, agindo da forma oposta do que deveria e do que ele mesmo pregava, tudo para facilitar o desfecho da estória.
Nunca Diga Seu Nome não consegue manter em sua conclusão o bom ritmo de sua primeira metade, acelerando e manipulando os acontecimentos provavelmente como o intuito de permitir o final aberto, que permite continuações. Descontando-se isso e os absurdos comuns nesse tipo de filmes - qual o tamanho da casa em que os protagonistas vivem? ela parece ser muito maior por dentro do que por fora, como a cabana de A Morte do Demônio de 1981 - Nunca Diga Seu Nome é competente dentro do seu gênero.
Nota: 3/5
Fabio Consiglio
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