RASTRO


Ele recitou versos curtos e
abraçou a mulher ao lado.
Por meio de linhas e pontos imaginados,
desenhou o amor sem formas,
com um traçado apagado!
Tentou representar no ar a cabana,
as estrelas, a noite enluarada,
falsificando o paraíso
durante a madrugada!
O homem não conseguia expressar
O que o seu coração ditava.
Ele apenas idealizava!
Sua alma estava oculta,
o medo marcava o seu presente.
Poderia dar sentido à sua existência e
remover o obsoleto tempo passado,
que deixou tanto rastro.
Rosângela D. Canassa

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