MOÇA

Obra de Edward John Poynter (1889)


Era uma vez uma moça que amava

e o objeto de seu desejo

era indiferente ao seu afeto que

protegia-se desse amor inquieto.

A moça cansada desta provação incumbiu ao tempo

de apagar este sentimento do seu coração.

O mal do amor que achava que sofria,

não mais lhe pertencia, uma vez que,

não mais o sentia.

O tempo passou e deste afeto ela se despojou

E livre dele se tornou.

Um dia, a moça sentou-se na areia da praia,

Solitária e entristecida,

quando percebeu que o problema

era seu coração silencioso, não batia.

Então a moça descobriu a falácia,

O amor não estava morto, apenas adormecia.

O seu inquieto coração não sabia o que fazer

a seta certeira de Cupido

tocou o seu peito e trouxe de volta

Aquele tanto querer.

E ela voltou a sofrer porque confundia

O amor com a falta e com o desprazer.

RDC


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