O Anjo Azul

 

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Marlene Dietrich

 

Ano de produção: 1930

País: Alemanha

Diretor: Josef von Sternberg

Atores: Marlene Dietrich, Kurt Gerron e Emil Jannings

H.L.: velho professor critica cantora de cabaré por perturbar seus alunos, mas acaba se deixando atrair por ela. Clássico que lançou Marlene Dietrich (1901-1992) como estrela internacional. Baseado em romance de Heinrich Mann foi refilmado em 1959, por Edward Dmytryk.

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Cartaz do filme Anjo Azul

 

As meias-calças

“Quantas mulheres você conhece que têm demasiadas meias de seda?”. Esse slogan publicitário data de 1923. Como agora, as meias, não são meias, são inteiras, como anunciavam as meias Jenny, primeiro intento de meia-calça, que consistia de duas meias unidas, por um broche na cintura. (Rossetti, 1995, p. 52)

Antigamente, as meias eram antes de tudo, coisas de homem. Em Roma até os gladiadores as usavam e depois, quando se transformaram em calças e eram feitas com uma perna de cada tipo, ou então listradas, bordadas ou incrustadas de pedrarias, tendo em cima um triângulo como braguilha.

No século XVI manufaturavam-se na Espanha meias de seda para homens e mulheres, que eram caríssimas e eram muito apreciadas em toda a Europa, salvo na Alemanha, onde as meias do tipo espanholas eram proibidas porque eram muito escandalosas. (Rossetti, 1995, p. 50)

Segundo Ana Rossetti: “Aranha meditando o seu crime” era o nome da cor de uma meia dos tempos da imperatriz Josefina. Acrescenta: “quando essa meia negra cair sobre o tapete como um suave madeixa, também parecerá uma aranha meditando mais de uma coisa”. (Rossetti,1995, p. 48)

Segundo a autora houve um tempo em que presentear meias, sempre ia provocar de imediato uma calorosa onda de gratidão.

Hoje, as meias são descartáveis, mas houve um tempo em que não eram. Em algumas lojas anunciavam na vitrine “CERZEM-SE MEIAS”. (Rossetti, 1995, p. 53)

Hoje existem as meias calças rematadas em tiras de renda elástica, que tornam desnecessário outro modo de prendê-las, como as usadas pela personagem do filme “O Anjo Azul”, interpretada por Marlene Dietrich.

Ava Gardner no filme “Mogambo” dizia: “Eu devia estar comprando um par de meias, em vez de estar estudando gorilas”. (Rossetti, 1995, p. 55)

“Sempre há olhos que fitam... e que ficam gratamente surpresos ante o feitiço de umas pernas primorosas de mulher.” Era o que dizia uma propaganda de meias dos anos 60, ainda que não falasse nelas. O fato é que a meia depende da perna, e se a perna não se presta a isso, não há malha, renda, costura, seda, náilon, espuma, lycra nem primores que valham, segundo a autora. (Rossetti, 1995, p.51)

Referência bibliográfica:

Rossetti, Ana. Roupas íntimas: o tecido da sedução. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

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