Um filme por dia 2017 - 24/11 - Robinson Crusoé em Marte (1964)



Título original: Robinson Crusoe on Mars
O Comandante Draper (Paul Mantee), em missão espacial, acaba preso no planeta Marte por conta do mal funcionamento de sua espaçonave. Acompanhado da macaca Mona (Woolly Monkey) ele tem de enfrentar os desafios de encontrar abrigo, alimentos e principalmente oxigênio para sobreviver no ar rarefeito (segundo o filme) de Marte.
Robinson Crusoé em Marte envelheceu muito mal em termos visuais, ainda mais se levarmos em conta que não é tão velho assim - foi realizado em meados da década de 1960. A imersão torna-se difícil quando vemos tantas sequências mal realizadas que poderiam ser evitadas com uma decupagem mais inteligente. Ao abstrairmos esse problemas, a primeira metade do filme mantém o interesse com uma trama bastante semelhante a Perdido em Marte de 2015, com um astronauta tendo de sobreviver em um ambiente hostil com poucos recursos e muita criatividade. Alguns conceitos interessantes são explorados como a extração de oxigênio das rochas, técnica já considerada pela NASA para a colonização da Lua.
Na sua segunda metade a obra abraça a ficção completa, com extraterrestres, naves e raios mortais. A partir dessa virada tudo torna-se ainda mais artificial: como acreditar em uma estória onde um humano faz o primeiro contato com vida inteligente e age como se nada especial houvesse ocorrido? Isso sem contar a aparência dos ETs, coincidentemente exatamente iguais aos humanos.
Talvez se fosse mais curto e mais sério, Robinson Crusoé em Marte poderia ser um bom filme, mas errou ao incluir elementos de uma fantasia incoerente e infantilizada.
Nota: 2/5


Fabio Consiglio



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