Um filme por dia 2017 - 09/02 - Um Cadáver Para Sobreviver (2016)
Título original: Swiss Army Man
Não gosto de classificar os filmes por gênero. O rótulo tende a diminuir e limitar a obra e leva o público a esperar desdobramentos pré-concebidos. Um ótimo exemplo é Um Cadáver Para Sobreviver: é vendido e classificado como comédia, mas não é somente isso.
O jovem Hank, perdido numa ilha deserta e na sua própria vida, está prestes a cometer o suicídio quando acha na praia um cadáver, Manny. Uma insólita amizade floresce e o cadáver é usado para ajudar Hank a voltar para casa. O non sense reina e na melhor tradição do cartoon o corpo se transforma em arma, serra e até jet ski. O filme é recheado de referências cinematográficas, o que ajuda a demonstrar como Hank foi "educado" apenas pela TV e cinema e o final é claramente inspirado em E.T.
Apesar de parecer caótico e meio bobo, o conjunto funciona graças em grande parte a imensa empatia que sentimos pelos protagonistas Hank (Paul Dano) e Manny (Daniel Radcliffe) e os atores têm grande responsabilidade nisso. Pra completar, o filme têm cenas em câmera lenta, o que normalmente é abominável. Jean-Claude Carrière, premiado roteirista, diretor e estudioso do cinema, diz que nenhum filme que faz uso da câmera lenta pode ser bom. Um Cadáver Para Sobreviver está aí para ser a exceção à regra.
Nota: 4/5
O jovem Hank, perdido numa ilha deserta e na sua própria vida, está prestes a cometer o suicídio quando acha na praia um cadáver, Manny. Uma insólita amizade floresce e o cadáver é usado para ajudar Hank a voltar para casa. O non sense reina e na melhor tradição do cartoon o corpo se transforma em arma, serra e até jet ski. O filme é recheado de referências cinematográficas, o que ajuda a demonstrar como Hank foi "educado" apenas pela TV e cinema e o final é claramente inspirado em E.T.
Apesar de parecer caótico e meio bobo, o conjunto funciona graças em grande parte a imensa empatia que sentimos pelos protagonistas Hank (Paul Dano) e Manny (Daniel Radcliffe) e os atores têm grande responsabilidade nisso. Pra completar, o filme têm cenas em câmera lenta, o que normalmente é abominável. Jean-Claude Carrière, premiado roteirista, diretor e estudioso do cinema, diz que nenhum filme que faz uso da câmera lenta pode ser bom. Um Cadáver Para Sobreviver está aí para ser a exceção à regra.
Nota: 4/5
Fabio Consiglio
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