Um filme por dia 2017 - 16/04 - Pasolini (2014)
Título original: Pasolini
Mostrando o último dia da vida do diretor italiano Pier Paolo Pasolini, o filme Pasolini têm o mérito de não ser pretencioso ao ponto de tentar dissecar a sua obra ou o seu pensamento. No entanto, esse acerto torna-se também uma fragilidade a medida em que não há um bom equilíbrio e Pasolini acaba pecando pela sua superficialidade.
Para ilustrar a obra do diretor italiano, Pasolini intercala a realidade do último dia da vida de Pier Paolo com trechos imaginados do que seria seu próximo filme planejado, utilizando seu último roteiro escrito mas não filmado. É interessante conhecer, mesmo que superficialmente, as ideias que estavam sendo planejadas para a obra não realizada com essas cenas de filme dentro do filme. Mas eram apenas algumas poucas cenas e com o agravante de terem sido interpretados por outro diretor, resultando em uma obra limpa demais, sem o tom mais cruel dos filmes originais de Pasolini. Na parte "real" de Pasolini, chama a atenção a entrevista que ele concede ao periódico italiano La Stampa, onde sua visão de mundo é brevemente revelada, principalmente a opinião que o conhecimento só traz infelicidade e a ignorância pode ser uma benção.
A conclusão ocorre com o assassinato de Pasolini, mostrada de forma extremamente gráfica e dolorida. Apesar de pessoalmente concordar com a ideia de que a ignorância possa ser uma dádiva, é irônico perceber que essa mesma ignorância, potencializada pelo ódio, levou Pasolini a morte.
Nota: 3/5
Para ilustrar a obra do diretor italiano, Pasolini intercala a realidade do último dia da vida de Pier Paolo com trechos imaginados do que seria seu próximo filme planejado, utilizando seu último roteiro escrito mas não filmado. É interessante conhecer, mesmo que superficialmente, as ideias que estavam sendo planejadas para a obra não realizada com essas cenas de filme dentro do filme. Mas eram apenas algumas poucas cenas e com o agravante de terem sido interpretados por outro diretor, resultando em uma obra limpa demais, sem o tom mais cruel dos filmes originais de Pasolini. Na parte "real" de Pasolini, chama a atenção a entrevista que ele concede ao periódico italiano La Stampa, onde sua visão de mundo é brevemente revelada, principalmente a opinião que o conhecimento só traz infelicidade e a ignorância pode ser uma benção.
A conclusão ocorre com o assassinato de Pasolini, mostrada de forma extremamente gráfica e dolorida. Apesar de pessoalmente concordar com a ideia de que a ignorância possa ser uma dádiva, é irônico perceber que essa mesma ignorância, potencializada pelo ódio, levou Pasolini a morte.
Nota: 3/5
Fabio Consiglio
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