Um filme por dia 2017 - 06/08 - Floresta Maldita (2016)



Título original: The Forest
É muito comum em filmes de ação que os roteiristas, percebendo que as coisas estão muito calmas na tela já por muitos minutos, inventem uma cena cujo único propósito é criar ação, sem muita importância para o desenvolvimento da estória. Sempre há cenas desse tipo em filmes, por exemplo, como da franquia do agente 007 e é um recurso perdoável se usado de forma econômica.
Em Floresta Maldita a mesma ideia é usada para os sustos e a cada par de minutos alguma coisa acontece de forma artificial apenas para causar sobressaltos na audiência, ressaltando a mediocridade da obra.
Aokigahara é uma floresta no Japão realmente usada por suicidas para seu último passeio e Floresta Maldita é baseado nesse fato. Sara (Natalie Dormer) vai até o Japão procurar sua irmã gêmea Jess, desaparecida e vista pela última vez em Aokigahara. A premissa triste e interessante é desperdiçada com sustos tolos e uma estória frouxa, que não consegue em nenhum momento fazer com que a plateia crie empatia com Sara ou com a sua irmã Jess. Tudo é coroado com um final condizente com o restante do filme, onde um personagem importante reaparece como por encanto nos últimos minutos, ocorre um exagerado ataque massivo de fantasmas e o inevitável susto final gratuito antes dos créditos.
No final das contas, Floresta Maldita deturpa Aokigahara e a memória dos que lá faleceram, já que a violência das entidades que habitam a floresta deixa em dúvida qual o número de suicidas e qual o número de pessoas que foram mortas pelos fantasmas. E levanta ainda outra dúvida: é melhor assistir Floresta Maldita ou acampar em Aokigahara? Eu prefiro a segunda opção.
Nota: 1/5


Fabio Consiglio

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