Um filme por dia 2017 - 14/08 - Inferno (2016)



Título original: Inferno
Como estória e montagem confusas, Inferno se perde em suas reviravoltas criando uma trama sem sentido com o objetivo de manter a qualquer custo a sensação de urgência dos personagens em salvar o mundo.
Inferno é o terceiro filme protagonizado pelo personagem Robert Langdon (Tom Hanks), criado pelo escritor Dan Brown, e mesmo com os outros dois não sendo grande coisa esse é de longe o pior deles. Tudo parece equivocado, desde o roteiro, montado com o único objetivo de surpreender sem se preocupar com bobagens como lógica e coesão, até a montagem, que não permite que entendamos claramente o que acontece nas cenas. Tom Hanks está no piloto automático, ou interpretando estar dopado (Langdon está sob efeito de drogas durante metade do filme) ou cuspindo informações enciclopédicas rasas extraídas diretamente da wikipédia. Felicity Jones como Sienna Brooks até se salva com sua energia e beleza, mas a estúpida reviravolta de sua personagem acaba com todos os esforços da atriz.
Inferno é um caça-níqueis de quinta categoria, feito para arrancar alguns tostões do público por conta dos nomes de Dan Brown e Tom Hanks. Tem como único objetivo exibir cenas de Tom Hanks e Felicity Jones correndo e fugindo dos vilões - que em mais uma reviravolta cretina acabam tornando-se aliados - em belos cenários da Itália, demonstrando a enorme inteligência de Langdon ao repetir pedaços de poemas e pílulas de cultura de botequim provavelmente aprendidos na internet. Para conhecer a Itália sem viajar, melhor ver algum programa do National Geographic e evitar Inferno, que ao menos acertou no nome da produção, que no dicionário tem o seguinte significado entre outros: extremo sofrimento infligido por certas circunstâncias, sentimentos ou pessoa(s); martírio, tormento. Não há mais perfeita definição para essa obra!
Nota: 1/5


Fabio Consiglio

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